Sobre
O Instituto Brasileiro de Transmasculinidades – IBRAT – utiliza-se da coleta e sistematização de informações como ferramenta de visibilidade de nossa população. Diante do descompromisso do poder público em produzir informações sobre nós, cabe a nós desenvolvermos esse trabalho. O fazemos com cuidado, gentileza, ética e objetividade, cientes de que nossa existência é mais que estatística e que nossos gráficos jamais transcendem a importância de nossas falas.
Em uma sociedade que legitima o preconceito, os direitos fundamentais são sempre questionados quando se trata de uma população que não se submete à norma. Inclusive o direito à saúde integral, considerando-se todas as particularidades que nos atravessam. Pois bem, diante da falta de informações objetivas sobre a nossa realidade em saúde – exceto algumas informações em políticas específicas –, o IBRAT assumiu esse compromisso em efetuar o primeiro mapeamento da saúde da população transmasculina vivendo no Brasil.
O que vocês acompanham aqui é fruto do trabalho de ativistas-pesquisadores transmasculines. Somos nós produzindo e exibindo informações sobre nós. Essas informações nos ajudarão a dizer à sociedade e ao poder público que existimos e que a qualidade do atendimento em saúde para a população transmasculina está em determinado patamar e tem questões a resolver. Aqui estão informações que podem nos ajudar a construir políticas públicas que realmente respeitem a nossa população.
Agradeço a Enzo Gael Loureiro Gomes por coordenar esse projeto de pesquisa. Sua ideação, organização e liderança sintonizaram esse trabalho do início ao fim. Agradeço a Cello Latini Pfeil por coordenar o núcleo de pesquisas e trabalhar junto a Enzo na gestão, implementação e revisão desse projeto.
Agradeço a nossos pesquisadores voluntários Bruno Latini Pfeil, Dom Erick Lopes Amuruz e Murilo Medeiros Carvalho. Vocês persistiram e dedicaram seu tempo e sua motivação a um trabalho difícil e fundamental. Vocês todos nos permitiram chegar até aqui e saber mais sobre nós. A dignidade da população transmasculina não será soterrada na ignorância, no apagamento e no silenciamento que teimam em nos impor.
Nós sobre nós.
Sempre.
Que o conhecimento nos permita avançar juntes e garantir que tenhamos vida!
Nenhum transmasculine a menos.
- Fabian Algarte (Coordenador Nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades)

Temáticas
Identidade de gênero - Brasil;
LGBT+ - Siglas - Direitos;
Saúde pública - Brasil;
Transexuais
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